Sou uma mulher de 23 anos que desde os 13 tem sua vida detalhadamente planejada. Os planos eram: dar o máximo de mim, cursar jornalismo na capital e batalhar por uma pós no exterior. Sempre fui uma adolescente normal, pelo menos normal na minha época, frustrada com o meu corpo, com os meus óculos e com meu aparelho. Esquerdista radical, chorona armadora central e capitã do time de handball da escola (meu pai agradece até hoje por essa fase ter passado), que oscilava entre system of a down, silverchair, rainer maria e our lady peace. Uma menina de 16 como outra qualquer, com amigas eternas (que apesar da distância ainda são eternas), cheia de crises existenciais, mas que mesmo assim pretendia com pequenos atos salvar o mundo da destruição capitalista (que o Bush não me escute).
Aos 17 me apaixonei perdidamente. Um carinha incrivelmente legal. Bonito, inteligente, misterioso e baterista de uma banda de rock. Não foi assim paixão a primeira vista, foi uma amizade mais que amizade que sem perceber era amor. Uma pessoa especial, sabe? Daquelas que parecem ter te conhecido a vida inteira.
Então começamos a namorar. E sempre foi tudo muito lúdico e delicado. Um carinha de 25 conhecendo uma menina de 17 que estava se conhecendo. Um namoro muito legal entre duas pessoas dispostas a entender o outro.
Foi então que aos 19 algo que não estava nos meus planos aconteceu. Na semana do meu aniversário eu ganhei um presente inesperado. Naquela tarde úmida de janeiro eu descobri que estava esperando um bebê.
Foi uma semana difícil, cheia de dúvidas e decisões importantes... E tomamos a decisão certa.
O meu presente hoje tem dois aninhos e nove meses, aproximadamente um metro de altura, os cabelos mais lindos e os olhos mais profundos que eu já vi.
Aquele carinha legal continua o mesmo carinha legal que parece ter nascido pra mim, com um pouquinho menos de tempo e cheio de responsabilidades, meu marido, my special need.
Juntos tentamos equilibrar uma casa, uma empresa, um curso de direito, shows de duas bandas e um casamento. Tudo de um lado da balança para que prevaleça o melhor para nossa pequena.
Eu ainda tenho planos. Modificados, digamos...aperfeiçoados. Mas nem tudo é perfeito, e também não quero que seja, caso contrário não seria real. Eu desejo viver minha simples realidade e isso basta.
Espero que seja importante para alguém.
ta faltando falar de mim!
ResponderExcluirow dó gente.
ResponderExcluirno segundo post falei de você.
=p~
a parte da sua vida que ainda não conhecia..rs,você escreve super bem! não desiste do jornalismo não!realizações.
ResponderExcluirSaudade!
ResponderExcluirAgora sim me identifiquei mais ainda com a sua história! Comigo a coisa foi bem parecida, mas fiquei grávida aos 16 anos mesmo. Tomei a decisão de casar e hoje estou muito feliz com isso, nunca me arrependi e acho que foi a escolha mais sábia que já fiz. E hoje até já dei um irmãozinho pro meu primeiro filho, agora a família está completa! Bem, vou te seguir e acompanhar seu blog, quem sabe podemos ser amigas por termos histórias tão parecidas? Bjoo!
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