quinta-feira, 12 de agosto de 2010

baby, baby, baby ooh!

Então, voltei pra Faculdade a Nina está sentindo demais. As noites eram grudadinhas vendo tv, contando histórias e inventando qualquer coisa. Agora a mocinha chega da escolinha, toma seu banho e já vai sozinha pra cama! Uma fofura! Mas confesso que é meio frustrante perder o seu bebê, é uma independência bem vinda, no entanto assustadora.

Logo, nos duas estamos carentes, e dois mimos, ela querendo o meu colo e eu querendo que ela queira meu colo. A hora do almoço é um caos, mamãe que tem que dar banho, mamãe que tem que arrumar os cabelos “duas tancinhas, mãe”, mamãe que tem que fazer o lance, almoçar do ladinho e deitar juntinhas no tempo que nos resta.
Hora de entrar no carro é outro caos.

Nina, senta na cadeirinha.
Não mamãe, queio seu coínho.
Não minha filha, é perigoso e o policial briga.
Ah não mamãe!
Então que o vô Jairo tem a brilhante idéia de ligar o som, eis que no momento estava tocando:
baby, baby, baby oooh
like baby, baby, baby noo
like baby, baby, baby oooh
I thought you'd always be mine mine

E a Nina muda o humor na hora, dança, balança, rebola e canta o final das frases. Além das caras e bocas, é lógico.
Então, quando a música finalmente acaba, depois de melhões de baby, baby, babys ooohhh... a Nina me solta:

Mamãe, eu adoio o Johnson’s Baby!


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Dia dos Pais.

Nina acordou o papai com um dengoso beijo, seguido de abraço e "feiz dia dos pais, papai!". E ficou um grudinho nele, entregou o presente e fez questão de destacar: "eu que escoí, pai". E mais beijo, maos abraço, mais denguinho. Quis que o papai desse o banho, e os dois viraram crianças na banheira. Bola de sabão, navio de sabonete e tudo mais.
A noitinha, quis brincar de esconder no guarda-roupas pro pai achar. Dividiu lanche, contou história e dormiu com o papai.

"Esse meu pai é um dengo, mae!"

Não existe mais fofos, mais queridos e mais amados que esses meus dois amores.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

FDS materno.

Às vezes é bastante complicado, para nós mães, não termos amigos nos quais também têm filhos, não que nossos amigos não gostem de crianças, longe disso, mas é que existem situações nas quais só quem é mãe/pai conhece bem. E eu, que tive a Nina aos 20, vivo bastante isso. Acabo sendo a mais “sumida” da turma, e, lógico, freqüentando ambientes diferentes dos demais.

Fato, não reclamação, eu simplesmente a-do-ro ser a mãezona coruja. Levar a Nina ao parquinho, ir tomar “sorverte” a tarde, ficar na fila do pula-pula e todas essas coisas.

Porém, esse final de semana pude viver tudo isso e ainda ter alguém (da minha idade, hehe) com quem conversar. E olha, foi duplamente divertido. Tudo isso por conta de uma amiga que veio passar o final de semana aqui em casa e como a afilhada dela também mora aqui, ela viveu comigo um final de semana de mãe.
A Nina não se agüentava de felicidade, afinal não é sempre que tem uma amiguinha pra brincar dentro de casa.

“Dodóia, vem ver meu carto!!”

Abriram o baú de brinquedos e ali foi a tarde inteira de brincadeiras. Barbie, mãe e filha, quebra-cabeça, comidinha, e é claro, a brincadeira “pefeída”, minha banda! Com direito a bateria, vocal e teclado. Nós também nos rendemos aos encantos e exageramos nos chocolates, cachorros-quentes e algodões doces. Que maravilha!

As duas, mesmo com alguma diferença de idade, se entenderam muito bem. A Nina aprendeu a dividir a atenção das pessoas e compreendeu que não precisa, necessariamente, de um irmãozinho pra ter com quem brincar fora da escola. E eu compreendi que tudo bem sair com a pequena a noite pra comer um pizza, por exemplo. Que crianças correm, pulam e fazem manha mesmo, e que eu não preciso me sentir incomodada com isso. Que é possível sair com aquela sua veeelha turma de escola sem se sentir “a deslocada do pedaço” e ainda pedir Pizza de chocolate numa boa.

Resultado.

“Mãe, tia Samía vai tazer a Dodóia de novo?”
“Mãe, amanhã me leva na Dodóia pra bincar de Babie Guél?”
“Mãaae, cando fizer sol a gente vai na piscina do Coína com a Dodóia ou leva ela na Tia Baía, neah?”
“Mãe, eu não gosto de chocoiate peto, mas a Dodóia gosta, neah?”
“Mããããããe....”
Isadora e Nina, rumo a diversão!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Os seus amigos...

Não estou mais gostando desses mocinhos! hã.
Por aqui correria total, exatamente um mês para a festinha de aniversário de três anos da Nina e ainda estou tentando encontrar um toque mais sutil pra festa no qual o tema, escolhido por ela, não facilita muito: Backyardigans.

Bem, já eliminei o painel hiper colorido. Mudei as lembrancinhas (um pouco em cima da hora, neah?), e ainda estou fazendo a arte dos convites, no qual me concentrei em apenas um personagem, a Uniqua.

Quebrando um pouco a cabeça. Pesquisando bolos fofos que combinem com a festa, e eliminando os exageros comuns em decorações de festas infantis. Quero uma coisa delicadamente simples, que lembre as festinhas feitas na época em que as mães tinham tempo, festas caseiras, sabe? E não mega estruturas faraônicas.

Quero um aniversário com cara de criança, sabe? Humn, sabe?
Então me ajuda!
hehe

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Aniversário do Papai!

Ebaaaaa! Hoje é aniversário do papai!!
É sim, já deu um beijo e um abraço bem apertado nele?
Hunhum... Mamãe, o papai fez cantos anos?
Trinta e um, minha filha.
E como é tüinta e um?
É o três e o um.
Ta pegando mentira, mamãe??! Teis e um é o cato!






Então, feliz aniversário pro meu amor, meu maridão, minha base, alicerce, ombro amigo, meu amante, braço direito, confidente.
Pessoa ímpar nesse mundo.
Coração igual ao seu eu jamais conheci.
Um bilhão de beijos!
Amo-tee.
Demais.
beibe.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Preferência Mundial

Após um dia corrido chegamos em casa, eu, Ge e Nina. Papai diz que vai tomar um banho rápido porque tem ensaio às 19h, e Nina corre atrás já tirando a blusa pra entrar no banho também – ela prefere tomar banho com o papai porque ele faz bolinhas de sabão na banheira onde ela fica hoooras, enquanto a mamãe dá aquele banho chato com sabonete entre os dedos dos pés e atrás das orelhas.
Então eu sento exausta no sofá e ligo a tv, que estava na Fox, no momento começa a passar a propaganda da nova temporada Glee, e derrepente a Nina entra correndo na sala, peladinha, vai pra frente da tv empolgada e começa a cantar muitíssimo alto:

“you say yes, I say no
You say stop and I say go, go, gooooooo
Ow go”

E se esgoela mais ainda apontando para tv:

“you say goodbye and I say hello
hello, hello!!!!!!”

Como se não bastasse, se vira pra mim e diz:

- Mamãe, eu adoio essa música.

Então explico, com um sorriso nos lábios, que a música é de uma banda chamada Beatles e que ela até tem uma blusa deles.
E ela diz:

- Então eu adoio Beatles também!


Quem agüenta?!


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O episódio me fez lembrar de quando a Nina nasceu e escutávamos Babies Go Beatles e Babies Go U2 durante as madrugadas em claro . A coleção é ótima! Um desses produtos que não sairão do mercado nunca.
Pra quem ainda não conhece, Babies Go é uma coleção de músicas para bebês que trazem versões de grandes sucessos do pop e do rock internacional adaptados instrumentalmente para os bebês.
A Nina ficava tão calminha, acho que pelo fato das músicas também agradarem os pais acaba transmitindo tranqüilidade pros bebês, porque a gente fica ali, curtindo aquele momento. Taí uma ótima dica pra quem está passando por essa fase deliciosa da vida ou uma ótima sugestão de presente, afinal, quem nao "adoia" Beatles?




  












quarta-feira, 28 de julho de 2010

Modernas que nada! Pós-modernas.

Na correria do nosso dia-a-dia me dei o luxo de parar e pensar nessa “evolução” na qual estamos passando. Não é a toa que o mercado de trabalho está cada dia mais concorrido, não só ele, a sociedade está cada vez mais exigente, principalmente com as mulheres. Ta certo, todo mundo está cansado de ouvir o histórico revolucionário da conquista feminina, o mercado de trabalho, a queima de sutiãs, a busca pela igualdade e coisa e tal, mas o que estou falando é da multimulher pós-moderna. Sim, nós mesmas. Já parou pra pensar em todos os nossos desafios diários? Temos que ser boas mães, por nossa obrigação, por nosso próprio desejo e por nossos extintos e funções naturais. Boas, boas não, ótimas, ótimas profissionais, porque ser apenas boa não garante o salário de ninguém. Temos que ser “antenadas”, porque toda boa mãe e boa profissional têm que estar ligada no que acontece a sua volta. Boas estudantes, porque se você quer uma melhor qualificação profissional tem que estar entre os primeiros da sala, tanto do cursinho, quanto da faculdade, ou das aulas de inglês, espanhol e mandarim... Além de tudo encontrar um tempinho pra academia, porque além de mulher você ainda é brasileira, as exigências são maiores, a beleza é pré determinada e obrigatória. Mas não basta ser uma mulher-fruta não, você também tem que ser fhashionista, “phina”, saber de todas as tendências da estação, as roupas que caem bem no seu tipo corpo, e o seu tipo de corpo: pêra, triangular, retangular, ampulheta, triângulo invertido... e, pelo menos, os truques básicos de maquiagem pra esconder as olheiras do cansaço do dia anterior.
Ah! Ótima cozinheira também, afinal, alternar entre as preferências gastronômicos do maridão, os nutrientes necessários pro desenvolvimento dos nossos filhos e a dieta pra perder aqueles quilinhos que não saem mais da sua cintura depois da gravidez, não é tãão tranquilo assim.
Hummn, descoladas, é claro, pois toda “mamãe-pósmoderna-bemsucedida-sarada-fashionista” que se preze tem que ser descolada! Assistir a filmes do cenário underground, curtir rock alternativo e bossa lado b, ser ecologicamente correta, entender de artes, literatura neo-contemporânea do escritor norueguês da modinha, ser adepta ao parto caseiro, aquático ou normal que seja, decorar impecavelmente sua casa com elementos do it yourself, entre outras coisitas mais... É, eu espero que isso conste em nossos currículos.

E não acaba por aí não! Tenho que te contar da impotência conclusiva de tudo isso diante a mesma sociedade que te cobra e depois te julga, pois, se for uma ótima mãe, te julgam mãe fresca ou super-protetora neurótica, se você for uma ótima profissional, é porque provavelmente está saindo com o patrão, se você for a patroa é porque é uma mãe ausente, se você for dedicada e estudiosa é porque é uma "a toa" que não trabalha, se você for antenada é porque mata trabalho navegando na internet, se você for sarada é porque passa mais tempo na academia que com os próprios filhos, se for fashion é porque gasta todo seu dinheiro com você e seus filhos andam com trapos, se você for fashion e seus filhos também, é porque você é fútil e materialista, se for descolada é porque provavelmente usa drogas, ou seus pais eram hippies que usavam drogas, ou seus filhos são ou serão drogados.
É... realmente ta cada vez mais difícil ser mulher, preciso urgentemente de um manual da multimulher, e não estou me referindo ao manual de informações básicas do novo refrigerador frost free da Mabe, okay?